Procurador de coisas

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pra ser sincero...

Recentemente, passei por um processo para a retirada de um cálculo renal. É algo que não gostaria de ter passado. É um processo incômodo, doloroso, tem sonda, tem catéter, tem ardência, dor... O que me conforta é saber que agora os incômodos passaram e que isso foi necessário pra que eu não sentisse uma dor maior e consequências piores.

Creio que a sinceridade é um pouco assim. Ela pode ser apontada como um preço a ser pago. Palavras verdadeiras, com as cartas colocadas na mesa de fato, às vezes doem. A verdade incomoda, machuca. Às vezes, dói dizer, às vezes, ouvir, às vezes, ambos. Dizer palavras sinceras quase sempre é uma decisão difícil a ser tomada porque temos a tendência a manter o conforto pelo maior tempo possível, contando com que as coisas se resolvam por elas mesmas. Fazemos isso porque, em muitas vezes, as coisas se diluem mesmo no tempo, mas tem vezes que isso não acontece. A pedra no rim pode ser pequena demais e ser eliminada naturalmente. Ela vai causar dor por um instante, mas vai embora. Mas a pedra pode atravancar todo o sistema e causar dores piores. As consequências a gente vê lá na frente...

Não ser sincero com alguém é fazer com que a pessoa caminhe com olhos vendados, pisando onde não se deve. A sinceridade mostra às pessoas as atitudes que devem tomar, as condutas a seguir, as palavras a dizer, se ela deve ter iniciativa ou se conter, se deve se aproximar ou se afastar. Isso pode deixar ambos atordoados no começo, mas certamente as coisas vão se encaixar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fala você que eu tô cansado...