Procurador de coisas

quinta-feira, 26 de maio de 2011

UMA DAS TEORIAS DO CRIS

Já fui tachado de implicante pelos amigos. No bom sentido. Tudo por causa do meu racionalismo excessivo e buscar a lógica em tudo. Estava eu me lembrando de algumas teorias inúteis que pensei. Vou chamá-la de TEORIA DA INUTILIDADE DOS ODORES.

A roupa suja vai pra máquina de lavar. Jogamos ali sabão em pó, que hoje tem vários odores pra mesma marca. Escolhemos o que mais nos agrada. Depois de lavada, lá vai o ciclo da máquina seguir seu rumo e despejar o amaciante devidamente diluído. O cheirinho gostoso do sabão já foi pro ralo, dando lugar ao perfume delicado do Comfort. Mas ninguém veste roupa amarrotada, né? Então vamos passar e nada como Passe Bem pra facilitar esse serviço. Passe Bem tem um cheirinho tão gostoso... chega e neutralizar totalmente o do Comfort... Em alguns casos, a coisa para por aí, mas ainda tem quem use sachê ou Gleide nas gavetas. E lá se vai mais uma essência inutilmente diluída na goma de passar.

Por outro lado, vai a mulher (sem implicância, é que ela é mais apropriada para a teoria ser mais convincente) tomar aquele banho gostoso que só. Sabonete Limão com Açúcar da Natura que deixa toda uma suíte com cheirinho. Antes de terminar o banho, óleo trifásico de maracujá. Depois, hidratante O Boticário...

Vai ela vestir aquela roupa com cheirinho de sabão amaciante Passe Bem sachê depois de usar um maravilhoso sabonete óleo hidratante perfume Carolina Herrera.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

EU TE DISSE, EU TE DISSE!

Dizem que se conselho fosse bom, seria vendido e não dado. Não acredito nisso, claro, mas conselho é igual favor: a gente não pode ficar chateado se não for atendido.

Tem gente que não atenta pras coisas gerais da vida. Alguns se encostam e não procuram emprego. Aí, vai a gente que tem o mínimo de coerência e diz: cara, a vida tá passando, você é jovem, aproveita agora porque depois fica mais difícil... Isso é um conselho que a experiência pode dar. É quase matemático, se é que é quase. Assim, a gente aconselha os mais novos a estudar, a aproveitar a juventude que têm porque sabemos o que vem depois...

Mas os mais velhos se esquecem justamente de que da mesma maneira que já foram jovens, pelo mesmo motivo deveriam entender que não tem jeito. Quem é jovem quer tentar por si mesmo, acha que entende de todas as coisas da vida. A sensação de liberdade e da eterna juventude é como um ópio. Mas a gente também se vê capaz de ter as soluções pra outras pessoas mais velhas também. 

Eu aprendi uma coisa que disse outro dia aqui no blog. Amor não tem regra, portanto, a gente pode avisar, pode conduzir mas não tem jeito. O coração quase sempre fala mais alto e ensurdece os ouvidos de quem está apaixonado. Danem-se os conselhos, dane-se a experiência alheia, dane-se se tudo leva a crer que a gente vai quebrar a cara lá na frente, dane-se se isso está óbvio. Não importa. Quando a gente está amando não há quem nos demova da ideia de continuar amando.

Os avisos, os alertas, os sinais... tudo parece ser inútil e acaba mesmo por dar aquela sensação de dever cumprido quando a merda estoura. Aí vem o irritante "eu te disse, eu te disse"

Eu me lembro quando na minha casa havia dois coqueiros e toda vez que eu ia tirar cocos pra tomar aquela água docinha vinha alguém e dizia: "Ó o dedo!". Como se o aviso evitasse o acidente, como se o dedo fosse cortado era porque eu não ouvi o que a pessoa disse.  Pois é, todo mundo acha o que é o melhor pra nossa vida. Acham que não conseguimos tomar decisões por nós mesmos. Também não entendem que conhecemos os riscos, estamos dispostos a correr esses riscos e, mais ainda, dispostos a arcar com as consequências. Quando a gente é jovem não tem muita noção do perigo, mas depois de velho, a gente sabe direntinho onde pisa. Se não sabemos, deveríamos. 

Acho que nunca vou deixar de dar e receber conselhos. Mas é a tal história do favor. A gente pede, se é favor, não pode ficar chateado se não for atendido. Tem gente que se irrita com isso, que se chateia com conselho não seguido. Fala sério! Eu falo pras pessoas o que eu estou vendo. Dizem que quem vê de fora, vê melhor (frase feita horrível, porque nem sempre é verdade), mas em última análise, ninguém tem que seguir nada.Cada um tem sua história e vai seguir seu caminho, que é único. O que a gente espera é que todos estejam cientes e preparados pras consequências.

terça-feira, 17 de maio de 2011

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

Tenho 35 anos. Desde os meus 17, quando tive minha primeira paixão fuminante, me entrego intensamente a ter todas as boas sensações de quem ama. Antes, eu fazia sem calcular os riscos, sem avaliar as possibilidades ruins. Era um voo às cegas, era jogar-se do abismo sem sequer ver a profundidade do perigo. Hoje, eu sei que tudo pode dar errado. Também recebo avisos de todos os lados, os sentinelas que me acompanham estão dando sinais de que pode haver perigo, que uma história ruim pode se repetir. E eu me perguntei: e daí?

Ir com calma para uma nova relação não garante nada no futuro. Uma decepção lá na frente pode acontecer independente de como tudo foi construído no passado. Quantas relações são construídas com calma, com pessoas sem a tal impulsividade e intensidade inicial e, no final, se acabam? Quantos namoram e noivam por anos e na hora de juntar as escovas de dentes a coisa desanda? Em quantos casos estava tudo certo até que alguma pessoa muito tentadora entra na história e faz parecer a pessoa ao seu lado é fria, sem graça e pode oferecer tão pouco?

Só existe uma regra para as relações entre um homem e uma mulher: é a de não haver regra. Léo Jaime vai ficar procurando a fórmula do amor até morrer porque ela simplesmente não existe. Conheço um casal que constituiu família e estão juntos há 20 anos, mas se eles se importassem com o que disseram a eles, pois tinham 12 anos quando começaram a namorar (vocês são muito novos!!), essa história não aconteceria. Conheço outro casal, juntos há mais de 30. Quando começaram? Ele 19, e ela, 12. Resultado? Três filhos e uma familia em harmonia. Tem gente que planeja filhos, os tem e... se acaba do mesmo jeito. Tem quem se case pela "obrigação" de ter engravidado e isso acaba durando o resto da vida.

Eu não me importo com regras, com convenções. Acredito em meu coração e confio no coração de quem posso amar. Se é pra um dia não dar certo, por que não aproveitar ao máximo enquanto está dando? Por que tem que se ir com o pé no freio? Por que dosar algo enquanto se tem certeza de que está bem? As incertezas do futuro estarão presentes na minha vida sempre. Eu ouço sempre pra viver o hoje, não projetar nada, deixar acontecer, fluir naturalmente. Ok! Pra mim, fluir naturalmente é deixar amar e se sentir amado. É ter as certezas que tenho hoje e ouvir as certezas de quem amo. Se é pra viver o momento, que seja intenso, que seja com todo amor do mundo, com todas as demonstrações possíveis e imagináveis. Se no campo profissional, onde existe, necessariamente, uma relação fria com algo chamado "dinheiro" a gente só é feliz de verdade quando faz o que ama e, quando isso acontece, nos entregamos com tudo, por que nas relações humanas que mais nos desperta sensações não o faríamos?

Pois é. Se o futuro é incerto, mesmo que seja um futuro bem próximo, então, eu me recuso a viver o agora abrindo mão do que sou. Eu me recuso a desobecer minha essência pelo medo de errar, de ter perdas, de sofrer ou de me arrepender. Sou um apaixonado compulsivo, amo com intensidade. Assim eu sou feliz. Menos que isso, sim, me deixaria pior. Bloquear meus instintos de quem faz de tudo pra viver um grande amor nem é risco de sofrer no futuro, mas certeza de ser infeliz no presente.

"A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
(Eu vou sobreviver)
O que eu ganho e o que eu perco
Ninguém precisa saber"

Então, que fique claro: estou amando e sendo amado novamente. E, mais uma vez, quero que seja pra sempre. Se não for? Bem, quem está até hoje com a primeira pessoa que amou na vida, que atire a primeira pedra.

terça-feira, 10 de maio de 2011

AUTENTICIDADE PARA ATRAIR

Uma das graças da vida é ela ser surpreendente. Infelizmente, algumas surpresas são desagradáveis mas levando-se em conta que todo mundo passa por isso a vida inteira, pra que se ligar nisso? Importante mesmo é se apoiar nas boas coisas que a vida nos traz.

Tive uma agradável surpresa há alguns dias e me situo para aprender a lidar com ela. Aí, eu me lembro das festas-surpesa de aniversário. A gente entra no recinto, vê que pessoas que te amam estão ali e fizeram algo pra nos agradar. Nos sentimos amados, acolhidos. A euforia toma conta da gente. É o inesperado nos fazendo um bem danado. Cabe a nós curtir ao máximo aqueles momentos, pois a festa, hora o outra, acabará e tudo voltará ao normal até uma próxima surpresa. Estou tentando aproveitar o máximo essa festa e esperando que, da mesma forma que os amigos não nos amam menos fora desse momento especial, dentro dessa pessoa o desejo de estar perto se prolongue.

Mas não dá pra contar com isso, com o "se" de alguém. Precisamos contar com a gente e fazer nossa parte pra que os outros façam a parte deles.A frase que li outro dia e coloquei no meu perfil ("Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida...") fala um pouco sobre agir naturalmente pois com a mesma naturalidade você será importante. Claro, tudo isso com toda honestidade do coração. Agir pra ser notado interfere na nossa maneira de agir, pois o foco passa a ser a pessoa e não nós mesmos. E se o foco não está mais em nós, de que coisas importantes estaremos dispostos a abrir mão pra satisfazer quem está perto de nós? Se tem algo a ser feito, se há defeitos a serem consertados, se atitudes precisam ser revistas, precisamos, em primeiro lugar, fazer isso por nós mesmos, pro nosso próprio bem porque aí sim, teremos satisfação. Com a boa consciência de estar fazendo a coisa certa, faremos com que as pessoas sejam atraídas por nós pelos motivos certos, bem, pelo menos pelos verdadeiros. Isso é justo, verdadeiro e autêntico.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

LAÇOS

"Crie laços com as pessoas que lhe fazem bem, que lhe parecem verdadeiras. Desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida mas, infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser. Nó aperta, laço enfeita, simples assim."

Caio Fernando Abreu

sábado, 7 de maio de 2011

SERÁ???

Tão Comum

Se você me perguntar
O que é que eu tô fazendo
Eu digo que não sei
Se você me perguntar
O que eu quero do futuro
Eu digo que não sei

Só sei que eu espero que a vida
Me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar
Minha trilha fora do tom

Tão comum
Se arriscar sem saber 100% se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo "querer"
Tão comum
Errar, errar, errar de novo

Se a consciência me chamar
Disser que eu não posso
Eu digo que não sei
Assumo os meus desejos
Tento saciar a sede
Daquilo que nem sei

Só sei que eu espero que a vida
Me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar
Minha trilha fora do tom

Tão comum
Se arriscar sem saber 100% se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo "querer"
Tão comum
Errar, errar, errar de novo

Tantas perguntas a responder
O que é certo, o que é bom
E o que é real
Antes de dar resposta
É preciso aprender a perguntar

Tão comum
Se arriscar sem saber 100% se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo "querer"
Tão comum
Errar, errar e errar de novo

TEMPO PERDIDO

"Todos os dias, quando acordo
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo tempo do mundo
Todos os dias, antes de dormir
Lembro e esqueço como foi o dia
Sempre em frente, não temos tempo a perder"

Vendo o álbum de um amigo no Facebook, de fotos antigas, percebi que não estou em quase nenhuma foto. Lembrei-me de algo que meu amigo voltou a falar essa semana, sobre a banda Falciforme, na qual estive ausente nos seus tempos áureos. Percebi o quanto fui inerte por anos, me afastando de alguns dos meus grandes amigos. Eu me deixei levar pelas circunstâncias da vida. É certo que fiz outros amigos, mas sinto falta dos antigos  e vejo que perdi tanto tempo longe deles. Também fiquei longe não da música, mas da banda, dos shows, do calor do público.

É tão ruim olhar pra trás e perceber que existe um espaço mal preenchido, que houve um estado de latência. [nota: estado de latência é o período em que algumas árvores permanecem secos, sem folhas, parecem mortas].  Mas ficar parado é que não resolve nada. Mesmo o "todo tempo do mundo" sendo uma incógnita, é preciso planejá-lo e deixar os amigos dentro desse planejamento. Os novos e os antigos. Eles valorizam cada momento de nossas vidas, tornam uma beira de calçada, um banco de ônibus ou uma mesa na praça de alimentação lugares especiais quando sentamos pra desabafar algo, pra rir da cara dos outros ou fazer juntos um trabalho de faculdade.

Por isso, hoje eu quero mais é estar perto deles sempre que posso. Não importa se estão em Campo Grande, em Teresópolis ou em Minas. Eu vou ver as pessoas e faço isso porque valem a pena. Não preciso de pretextos para estar junto com pessoas que considero especiais, pois elas mesmas são a minha motivação.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

DEPOIS DA TEMPESTADE...

Passados uns dias e alguns intempéries, cá estou eu novinho em folha. Tudo refeito. O coração eu não blindei. Jamais conseguiria isso, eu acho. As decepções são externas e alheias a ele. "´Não vou me deixar embrutecer, eu acredito nos meus ideais. Podem até maltratar meu coração que meu espírito ninguém vai conseguir quebrar." Percebi que ninguém pode ser decepcionante o suficiente pra fazer com que eu mude minha essência. ninguém merece tamanho sacrifício. A mente esteve sempre no lugar e quando tendeu ao desequilíbrio, as pessoas essenciais a minha vida apareceram pra me aprumar novamente.

Vida que segue e lições aprendidas. Percebi que existem duas maneiras de ver se acertamos ou não. A mais evidente é depois do tempo passado, do resultado obtido. Por esse lado, fiz a escolha errada, ou as escolhas erradas. Vendo os últimos meses, vejo que tudo foi um erro, mesmo eu tendo feito coisas que jamais imaginaria fazer. O saldo foi ruim, perdi mais que ganhei. No final, foi um prejuízo danado, e não falo de dinheiro. Mas prejuízo a gente corre atrás e o tempo amortiza se a gente souber administrar. Estou eu aqui com as finanças internas novamente em dia, mas aprendi a não fazer extravagâncias com o coração. É preciso saber em que aplicar.

A outra forma de saber se acertamos é vendo a nossa conduta e nisso eu estou convicto que não errei. Fui intenso, segui meu coração, fui honesto nas palavras, atitudes e sentimentos. Fui fiel aos sentimentos, amei publicamente, fui paciente, compreensivo e extremamente tolerante. Fiz além do que podia pra demonstrar o que tinha dentro de mim. Fiz minha parte, não deixei a desejar como homem, tive hombridade. Mas de todas essas palavras, posso resumir dizendo que fui honesto comigo e com as pessoas envolvidas em tudo que se passou comigo nos últimos meses.

Ninguém é suficientemente ruim pra fazer com que eu deixe de acreditar a felicidade a dois. Quando esse coração, mesmo cansado e sofrido, encontrar alguém, disposta a receber algo verdadeiro, eu vou derramar toda a intensidade que tenho, como sempre foi. Minha mente vai ajudar esse coração que é impulsivo o suficiente pra se ferir em todas as vezes. Aprendi a usar uma boa dose de razão para protegê-lo em vez de limitá-lo em absoluto. Tenho certeza que, seguindo honesto nos sentimentos, haverá quem se disponha a, verdadeiramente, também se dispor ao mesmo.