Procurador de coisas

domingo, 2 de janeiro de 2011

Lições

A vida é mesmo surpreendente. Depois de muitos anos encontrar uma amiga especial pode ser bem gratificante. Foi o que aconteceu. Ana Paula, a fã número 1 da Banda Falciforme e, consequentemente, minha fã também (rs) reaparece na minha vida não muito por acaso. Uma semana: esse tempo que parece curto pra muitas coisas foi extremamente proveitoso pra mim pois em tão pouco tempo aprendi algumas lições muito aplicáveis em minha vida. A doutora Ana tem o dom de ser o espelho da gente.

Dê a si mesmo o devido valor

É impressionante como as coisas passam diante dos nossos olhos sem que percebamos. Minha vida sempre foi tornar as pessoas mais importantes que eu. Eu me privava de ter minhas coisas pra que os outros tivessem. Os melhores perfumes, as melhores roupas, os aparelhos mais modernos. Tudo era para os outros enquanto eu me contentava apenas de ver os outros sorrindo, felizes com minha demonstrações materiais das coisas que sentia. Acompanhado? Vamos ao Mc Donald's. Sozinho? Vou ao trailler da esquina. Mas a questão é: por que as pessoas são mais importantes que eu? Por que anular a mim mesmo, às vezes, pra exaltar outros? Valorizar a quem amamos é importante, mas deixemos que a pessoa objeto de nosso amor chegue, no máximo, ao nosso mesmo patamar. Colocar alguém acima de nós é tirar o tampão do ralo da nossa personalidade.

If Tomorrow Never Comes

Isso mesmo. E se o amanhã nunca chegar? Projetar nossa vida é fundamental. Sonhar, como diz minha amiga Patrícia, é o que nos impulsiona pra buscar objetivos. Mas não estamos lá. Não sabemos a realidade do futuro. "O tempo escorre pelas mãos (...) vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir". Cada um tem sua medida, mas cada um de nós deve viver com intensidade o momento. Ama alguém? Diga! O amanhã nunca chegar não precisa pressupor morte, mas tem oportunidades que se oferecem pra gente ser feliz e não voltam. Tem, ainda, algumas que voltam, insistem, mas fechamos os olhos. Temos que focar no que é importante pra gente ser feliz. Às vezes, as circunstâncias nos amedrontam, pensamos no mundo que nos cerca e no quanto todo o nosso castelo está estruturado. Só que o castelo pode ser de cartas e, uma vez derrubado, ficamos sem nada. O amanhã pode não chegar e, se isso pressupor morte, das duas uma: ou a gente se vai, e a pessoa jamais saberá dos seus sentimentos verdadeiros, ou a pessoa se vai, e a culpa de não ter dito isso a ela pode nos atormentar pelo resto da vida. Eu acabei de dizer tudo que sinto a uma pessoa porque o amanhã pode não existir.

Sem medo de mudanças

Outro dia me disseram: "Mas você não é assim." Impressionante como as pessoas pegam parâmetros e modelam nossa personalidade. E a gente não pode se prender a isso. Daí surge aquela velha indagação: "mas o que as pessoas vão pensar?". Isso acontece porque nós mesmos estamos presos ao que achamos que devemos ser ou ao fato que as pessoas já fecharam o nosso pacote. Não somos um pacote fechado, vedado. Somos como gavetas. Entram novas roupas, saem as velhas. Cores, cheiros, tamanhos, texturas, tudo se mistura. Ser modelado por si mesmo e pelas pessoas nos desencoraja a agir como realmente gostaríamos. Obviamente, não é perder a compostura pra tudo, mas fugir do "convencional", do senso comum não é loucura. Como assim "eu não sou assim?" Tenho meu jeito e fugir à regra do que sou ou da ideia que fazem de mim tem algo de errado? Frequentadores de barzinhos não podem experimentar uma danceteria? Um abstêmio não pode beber um dia? Um homem romântico e "certinho" não pode se dar o direito de sair com algumas garotas por sair? Não me permitirei ser um pacote fechado. Não sabemos que novas oportunidades surgirão e poderemos perdê-las por nos prendermos às "regras".

Considere as possibilidades e pondere os resultados

E se a mulher que amo me disser não? E se meu curriculum não for aceito? E se não gostarem da minha música? Às vezes, estamos tão empolgados com um objetivo que esquecemos as muitas possibilidades que envolvem aquilo. Apostamos alto no que investimos, só que a resposta nem sempre vem como gostaríamos. Cabe a nós ver se vale a pena ou não prosseguir, mas jamais esquecendo que somos mais importantes do que o fato. Vale a pena lutar pelo amor de alguém? Eu penso que sim, mas temos que ser justos com nós mesmos. Não são todos os recursos que são válidos. É preciso ter cautela ao renunciar certas coisas e pensar bem porque as renúncias podem nos acompanhar pro resto da vida como uma cadeia sem grades. Resultados negativos jamais devem macular nossas convicções. Se der errado, eu ainda assim serei um bom namorado pra quem aparecer, um bom profissional pra quem quiser contratar e minha música será boa, independente se acharam ou não. Sem essas convicções, iremos desanimar e isso é deixar que as coisas se tornem mais importantes que nós.

A opinião dos outros é importante, mas...

Não devem monitorar nossas vidas. Aprecie os elogios, aceite as honras. Não rechace as críticas, mas não as absorva. Use os elogios como combustível pra se valorizar e as críticas um estímulo pra melhorar como ser humano. Mas cuidado pra isso não tocar na sua personalidade. Mudar o tempo todo pela opinião alheia nos torna alguém sem forma.


3 comentários:

  1. Sim, Cris. A opinião dos outros é importante mas.... nhan-nhan-nhan-nhan!!!!!!!!!!! Você só pode controlar o que você sente pelos outros. Não dá pra controlar o que sentem por você. Não é bem isso?
    bjks mil

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  2. Isso mesmo! nhan-nhan-nhan-nahn!!!!!!!! rsrsrs

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  3. Falou e disse, Patrícia! Aliás...esta questão de controle é complicada! rs
    bjos

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Fala você que eu tô cansado...