Procurador de coisas

domingo, 9 de janeiro de 2011

Dizem que soy loco

"Se eu queria enlouquecer, essa é minha chance..."

Ah, as loucuras. Elas, às vezes, desvendam mistérios, libertam, abrem os olhos. E eis que uma grande amiga com baixíssima autoestima é surpreendida por um beijo seguido de uma declaração de amor. Se é verdade? Se foi sincero? Isso não saberei, nem ela. Ao menos por enquanto... Fato é que isso abriu seus olhos para perceber que outras pessoas poderiam, e por que não, se interessar por ela. Mesmo que não houvesse sinceridade nas palavras apaixonadas, mesmo que fosse uma mera conquista pra algo momentâneo, ainda assim, eis o interesse como mulher, valorizando sua beleza.

Tudo aconteceu num momento de loucura. Não dela, mas foi uma loucura. Numa dessas loucuras, descobri alguém muito especial, de muito longe. Está sendo bom me sentir amado novamente e poder retribuir com as mesmas sensações. Distância e dificuldade na comunicação são apenas um tempero a mais nessa relação louca e ao mesmo tempo sólida. As sensações de aceleração dos batimentos, o brilho nos olhos, a cara de bobo, o bom humor acima de qualquer coisa, o lema do "nada me aborrece"... tudo! As sensações são as mesmas, como se ela estivesse aqui. Claro que não falo das coisas de pele, de olhar, de sussurro, de respiração próxima, de abraço e de sentir juntos os corações batendo. Mas a essência do que move um relacionamento, isso eu posso sentir. Talvez haja quem diga que não é a mesma coisa. Será? Se não é, então por que sinto? Se eu, que já tive tudo isso com alguém próximo, estou tendo exatamente a mesma coisa, como pode ser impossível?

No post anterior, eu falei sobre ter certeza de sentimentos. Eu já experimentei o amor, já vivi isso e garanto que saudade, emoção, brilho nos olhos, taquicardia, risadas, prazer em conversar, desejo de estar perto... tudo isso se mantém intacto numa relação à distância. Não, amigos. Eu não estou perdendo meu tempo, estou investindo. Eu permito que chamem de loucura, porque é mesmo. Mas quero descobrir por mim mesmo a face real dessa loucura, experimentar cada momento, conhecer os prós e os contras, como em tudo na vida. Quem não cai da bicicleta não aprende a andar. Os tombos vão fazer parte perto ou longe.

Minha amiga pode descobrir, quem sabe lá na frente, que está apaixonada e que as declarações recebidas são verdadeiras. Mas sei que as decepções do passado, a fragilidade do presente e as incertezas do futuro farão com que ela meça os seus passos, até porque, as loucuras têm seu tempo, suas ocasiões. Eu me vi no meio de uma e ela me abraçou como um belo convite a uma Coca-Cola estupidamente gelada num sol de 40° da praia. Quando me vi, já estava sentado à mesa da loucura trocando com ela as mais íntimas confissões. O que essa história vai me render eu não sei. Se será ela a mulher do resto dos meus dias? Bem, eu espero que sim. A face reveladora da loucura me dirá isso. O que eu sei é que nunca vou me arrepender de tentar ser feliz.

Um comentário:

  1. É amigo, sempre as loucuras nos fazendo pensar que a vida existe e que temos que aproveitá-la, vai que...
    Vai que não tem amanhã?
    Vai que perdemos uma oportunidade, de amar, crescer, aprender, sorrir, chorar, gargalhar...
    Somos todos feito areia, e eu qro ser uma duna que passeia pela costa da praia, sempre um lugar diferente, um sentimento diferente, e assim vamos seguindo!
    Sinto que se é pela felicidade VALE A PENA TENTAR! Antes ter medo do que passou do que viver tendo medo do que virá, experimentar é preciso, e saiba que você pode ter certeza, no que precisar estarei aqui pra apoiar. De certa maneira isso é um egoísmo, pois sei que terei isso em troca, sua amizade e uma palavra amiga!
    Vá em frente, to torcendo por vocês! =D

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Fala você que eu tô cansado...