Procurador de coisas

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

E quando acho que estou quase chegando...

"Em você eu confio. Não confio é nele(a)". Quantas vezes a gente já ouviu ou falou isso, né? Ciúme, puro ciúme. Sejamos honestos, o ciúme nada tem a ver com a pessoa alheia e sim com  a que gostamos. Essa história de transferir para a uma terceira pessoa a culpa do nosso enfurecimento amoroso é pura fuga. O que realmente nos incomoda é o que se passa na cabeça da pessoa que amamos. Ficamos loucos só de imaginar que essa terceira pessoa passeia pelos mais vagos pensamentos do nosso amor. Piramos com a possibilidade de a pessoa amada seja balançada com qualquer que seja a atitude desse terceiro elemento.

Percebi isso quando enfim, depois de 35 anos, tive ciúme de alguém. A sensação não é nada boa. É uma tensão aliada ao desespero contido. É como se eu gritasse inutilmente em um casa de surdos implorando por socorro. Não há o que fazer. Não tem como invadir o pensamento da pessoa que gostamos e arrancar as possibilidades. E mesmo que houvesse como, tais pensamentos poderiam brotar novamente como mato. Eu não soube lidar com isso, por enquanto. Tenho buscado saídas desde então. Encontrei uma brecha na teoria de que o meu valor é maior do que de qualquer outro e se a pessoa ocupa o pensamento com quem não deve, a perda não é minha. Minha luta será essa: sobrepor o meu valor sobre o medo. Porque o que rola, na verdade, é medo de que um terceiro tome conta do nosso lugar no pensamento dele ou dela. Mas vou tentar me concentrar em mim.

"Posso até ficar triste, se eu quiser
É só por hoje, ao menos isso eu aprendi"

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Fala você que eu tô cansado...