Procurador de coisas

quarta-feira, 23 de março de 2011

OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE E CORAÇÃO POR CORAÇÃO

Sei lá, parece que olhar as relações como um espelho não é nada mal. Ao contrário, me parece justo. Imagine uma pessoa se doar tanto por outra e receber muito pouco em troca. Isso envolve todo tipo de realação: conjugal, fraternal e até profissional. Eu me empenhei por anos na minha empresa e melhorei como profissional, me tornando mais produtivo, melhorando o setor. Mas o retorno não foi o esperado. Claro que todo mundo vai dizer que devemos fazer o bem sem olhar a quem. E no começo é assim mesmo. Mas anos se passaram e os tapinhas nas costas, os elogios e tudo mais não foram suficientes pra mim. Então, se a empresa faz o básico por mim, não tem porque eu dar um a mais. Fazer o melhor independente de qualquer coisa? Acho que não. O ser humano é movido a estímulos.

No amor, a história se repete. Demonstrações são lindas, mas tem que ser retribuídas. Nem precisa ser com a mesma intensidade, mas ao menos com a mesma vontade e desejo. Não parece justo receber demonstrações e não devolver um pouco disso, não? Imagine como alguém que faz questão de expor seus sentimentos fica quando não percebe na outra pessoa ao menos uma maneira sem jeito de dizer "eu também". Aí, quem mostra tem a sensação de que a relação é desequilibrada e cai em desânimo. Parece que o "esforço"  é em vão.

Claro que as relações humanas são muito mais complexas do que as profissionais. No trabalho, existe uma troca direta e franca, combinada. Não tem variações de humor entre gente e firma.  É frio, simples assim. A relação do seu trabalho com uma recompensa. E fim de papo. Nas relações entre pessoas normais, sempre haverá alguém mais intenso, mais propenso a se expor. Isso acaba gerando frustração e muitas vezes. Então, estou tentando ver as relaçoes como se eu estivesse de frente pra um límpido espelho.

No trabalho, eu faço o básico. A frieza da relação entre homem e empresa permite isso sem que o RH ente em depressão. Nas relações com as pessoas, mostro, agora, um pouco de cada vez e vou refletindo aquilo que recebo de volta. Assim, não tem risco de eu me decepcionar, nem trazer à tona aquela velha cobrança, antes inconsciente.

No amor, internamente, continuarei a ser o homem que inflama por dentro, que ama a mulher, busca entendê-la e que a valoriza. Externar isso, vai depender da resposta.

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