Procurador de coisas

sábado, 26 de março de 2011

COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ

O amor é um sentimento nobre. Eu acho até gostar mais nobre do que amar. Assim, você é capaz de amar um filho apesar de não gostar da maneira como ele age. Tá lá o cara no presídio depois de ter matado um monte. A mãe tá lá, ama independente disso. Então, ser amado é bom, mas ser gostado é melhor, porque ser amado não pressupõe aprovação. O amor é meio irracional, né?

Mas eu gosto de falar de amor. Sou escrachado com minhas amigas e amigos pra dizer isso. Eu não tenho vergonha de dizer que amo, não. Mas, podemos pensar por outro lado também. Podemos ser tão incríveis em certos pontos que nossos defeitos são relevados por quem nos ama. Despertar o amor de alguém é fazer com que as qualidades se sobreponham aos defeitos. É ser compreendido nas falhas, nos temores, nas fraquezas. Eu sei o que é ser amado. Ao longo da vida, tive pessoas que manifestaram das mais diversas formas o amor na minha vida. Vários tipos de amor. Por isso, por ter recebido tamanha generosidade desse tipo de sentimento é que não tenho vergonha de falar de amor, não tenho vergonha de declarar meu amor pelas pessoas. Declarar e demonstrar. O amor não é uma barra de energia que se esgota. Ela não se gasta com o uso das declarações. Ao contrário, sua demonstração, seja por gestos, seja por palavras, causa um efeito ressonante. Por quê? Ué, porque, fala sério, quem se sentiu amado sabe como é!

Por saber o quanto é bom e gratificante perceber esses gestos das pessoas com relação a mim, mesmo que "mínimos", é que faço questão de devolver tudo isso, pra cada um à sua maneira. Prender-se a qualquer coisa pra não declarar amor só pode gerar arrependimento de um tempo perdido no futuro. Já bem disse Renato Russo que é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Sabe-se lá se você vai ter tempo de dizer isso a quem ama. O amanhã pode nunca chegar.

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