Procurador de coisas

quinta-feira, 14 de julho de 2011

E AINDA SE SUPREENDEM

Inicio a meados dos anos 90 e os funks e raps disso e daquilo começam a tomar conta do Rio e do Brasil. Dentre eles, o Rap das armas, onde cada tipo é citado na "música". Paralelo a isso, jovens cada vez mais jovens ostentam armas nas favelas e a violência cresce. Meninas cada vez mais jovens aparecem grávidas, não antes de sairem com meia dúzia de carinhas durante a semana. Hoje, se ouve que vai se roçar isso naquilo, chupar, lamber, esfregar...

Não, os raps que faziam apologia a várias coisas e as "melôs" de hoje com todos os Mc's e mulheres tudo que é tipo não estão restritos a um certo tipo de público. O brasileiro é idiota mesmo. Não tem critério pra nada. O que introduzem goela abaixo é bom só porque um cara famoso o fez conhecido de alguma forma. Se eu sentar aqui e juntar meia dúzia de palavras com um tema bem idiota, as pessoas vão gostar se isso cair na mídia. Brasileiro não tem critério pra votar, pra comprar, pra escolher nada. Todos os grupos disso e daquilo que surgirem serão bons o suficiente porque pra isso basta que eles apareçam, não precisa mesmo ser bom.

Luan Santana foi um achado. Uma mina de ouro. O carinha bonitinho que canta sertanejo pop e faz sucesso. Bom pra ele. As pessoas nem percebem que o cara faz 300 shows por ano, em média, e que em cada lugarzinho desses aí toca três músicas e vai embora. Bem, o Luan Santana, coitado, não tem nada a ver com isso. É só mesmo pra apontar um pouco da falta de critério do brasileiro em saber o que é bom. Se bem que, no caso dele, ele não causa nenhum mal a não ser a histeria adolescente. Isso vem desde Elvis e Beatles.

Voltando ao lado podre da "música" brasileira, criancinhas de três, quatro anos dançam funk e rebolam até o chão. Repetem os versos que se fossem falados em vez de cantados todo mundo ficaria "Ohhhh!". Interessante isso. Na música é engraçado, mas na vida real, nem tanto. Quando um pivete tá de pistola e mata um pra virar notícia no  Brasil Urgente, todo mundo se revolta. As mesmas pessoas que, anos atrás se divertiam anos atrás com o Rap das Armas. Daqui um tempo, os pais que acham tão engraçadinho a menininha dançando e cantado também vão achar o máximo ela "gravidinha" adolescente, atrasando a vida, atrapalhando os estudos, antecipando as coisas, criando um filho quando ainda teria que ser só filha.

Talvez isso seja uma grande viagem e essas coisas que a gente ouve por aí não influenciem em nada o comportamento das pessoas. Eu acho muita coincidência esse tipo de funk acontecer por aí na mesma época em que as mulheres vão ao baile sem calcinha, mas se a galera acha que é caretice, deve ser.

Santo? Eu? Nem de longe! Mas num mundo moderno, onde os padrões morais têm se individualizado, acho que cada coisa tem sua hora, seu lugar apropriado. O tal mundo moderno "exige" que se fale abertamente sobre sexo e socialmente tem que ser assim. Liberdade que é confundida com total liberalidade. O assunto sexo, se não tratado com o tema "responsabilidade", é inútil porque sexo é tão inerente ao bicho homem que falar e incentivar é desnecessário.

Mas esse assunto é tão comum aqui que ele se tornou tema de tudo e se tornou cultural. Que apareçam as mulheres um monte de coisas da vida e cantem seu "chupa isso" e "lambe aquilo". Deixem as crianças ouvirem, liguem os rádios, comprem CD's, baixem da internet, usem como toque do celular. Mas também, que achem a coisa mais normal do mundo quando tudo isso acontecer na vida real, fora de hora e de lugar.

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