Procurador de coisas

quinta-feira, 19 de julho de 2012

SABER AMAR

Palavras soltas, perguntas, telefonemas, mensagens. Tudo isso parece tão simples pra quem quer cuidar de quem ama. Quem quer cuidar da pessoa amada faz isso tão naturalmente que pode nem perceber que está incomodando, talvez nem sempre, mas está. O cuidado pode parecer controle, obsessão, desconfiança. Tudo depende de como se fala, como se recebe.  Depende se alguém quer ou não ser cuidado, se acha ou não a preocupação importante.

Talvez, a melhor coisa seja deixar que a pessoa sinalize, mostre reagindo bem ou mal, respondendo com atitudes às suas preocupações. A sintonia entre o motivo e a preocupação é complicada.

Particularmente, o fato de eu ser uma pessoa extremamente intensa em sentimentos dificulta um pouco as coisas porque mostro uma preocupação constante. Eu não sei dosar, ou ainda não aprendi. Meu caso tem que ser, por enquanto, corrigido com um corte radical. Ou eu assumo o controle dos cuidados, ou dou toda liberdade. Não sei afrouxar a corda. Ou seguro firme, ou desamarro. Acho isso errado, mas enquanto não aprendi a lidar com isso, a corda pode enforcar.

Cuidar de quem se ama pode parecer simples e uma bela virtude, se pensado individualmente.  Porém, se colocada numa relação de duas pessoas, seja em que âmbito for, pode se tornar um defeito tão relevante que transforma cuidado em problema.

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